quarta-feira, 27 de abril de 2011

Em Louvor da Prece

“Quando quiserdes orar entrai para o vosso quarto e fechada a poria, orai ao Pai,
no intimo; e o Pai que vê: no intimo, vos recompensará.” - JESUS - MATEUS,
6:6.
“Orai, enfim, com humildade, como o publicano e não com orgulho, como o
fariseu. Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos
comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau.” Cap. 27, 4,
Pediste em oração a cura de doentes amados e a morte apagou-lhes as pupilas,
regelando-te o coração; solicitaste o afastamento da prova e o acidente ocorreu,
esmagando-te as esperanças; suplicaste n sustação da moléstia e a doença chegou
a infligir -te deformidade completa; imploraste suprimentos materiais e a carência
te bate à porta.
Mas se não abandonares a prece, aliada ao exercício das boas obras, granjearás
paciência e serenidade, entendendo, por fim, que a desencarnação foi socorro providencial,
impedindo sofrimentos insuportáveis: que o desastre se constitui em medida
de emerg6encia para evitar a calamidades maiores; que a mutilação física é a
defesa da própria alma contra quedas morais de soerguimento difícil e que as dificuldades
da penúria são lições da vida, a fim de que a finança demasiada não se
faça veneno ou explosivo nas tuas mãos.
Da mesma forma, quando suplicamos perdão das próprias faltas à Eterna Justiça,
não bastam o pranto de compunção e a postura de reverência. Após o reconhecimento
dos compromissos que nos são debitados no livro do espírito, continuamos
tão aflitos e tão desditosos quanto antes. Contudo, se perseveramos na prece, com
o serviço das boas ações que nos atestam a corrigenda, a breve trecho, perceberemos
que a Lei nos restitui a tranqüilidade e a libertação, com o ensejo de apagar
as conseqüências de nossos erros, reintegrando-nos no respeito e na estima de todos
aqueles que erigimos à condição de credores e adversários.
Se guardas esse ou aquele problema de consciência, depois de haver rogado perdão
à Divina Bondade, sob o pretexto de continuar no fogo invisível da inquietação,
não te afastes da prece mesmo assim.
Prossegue orando, fiel ao bem que te revele o espírito renovado.
A prece forma o campo do pensamento puro e toda construção respeitável começa
na idéia nobre.
Realmente, sem trabalho que o efetive, o mais belo plano é sempre um belo plano
a perder-se.
Não vale prometer sem cumprir.
A oração, dentro da alma comprometida em lutas na sombra, assemelha-se à lâmpada
que se acende numa casa desarranjada; a presença da luz não altera a situação
do ambiente desajustado e nem remove os detritos acumulados no recinto doméstico,
entretanto, mostra sem alarde o serviço que se deve fazer.

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