domingo, 26 de junho de 2011

Valer-se da luz

Em uma passagem do Evangelho segundo São João, Jesus afirma:
Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem.
Trata-se de uma curiosa advertência feita aos seguidores do Mestre.
Não se há de imaginar que ela se dirigisse apenas àquela pequena multidão que O rodeava na oportunidade.
Cuida-se de um alerta de que a oportunidade de autoiluminação precisa ser bem aproveitada.
O homem na Terra encontra-se situado entre o passado e o futuro.
Suas experiências anteriores na Terra, de modo geral, não lhe são acessíveis à memória.
Para que não se perca em vaidades, rancores e culpas, ele esquece o que já viveu antes de renascer.
De outro lado, o futuro é uma incógnita.
O passado e o futuro somem nas trevas do esquecimento e da incerteza.
Já os tesouros do presente representam oportunidades preciosas.
Para que o futuro surja ornado de bendita luz, importa bem aproveitar o tempo atual.
A esmagadora maioria das personalidades humanas não possui outra paisagem.
Raros são os que trazem do passado uma bagagem de feitos nobres e vivências dignas.
A maioria aporta na existência atual com inúmeros problemas para superar.
Sejam vícios, inimizades ou fragilidades morais as mais diversas.
Esse quadro desolador precisa ser revertido com a santa oportunidade do momento presente.
Urge valorizar a existência terrena, tal qual se apresenta.
Não sonhar com facilidades indevidas e nem reclamar dos desafios que surgem.
A vida na Terra, embora transitória, é a chama que coloca o homem em contato com o serviço de que ele necessita.
O caminho que surge difícil, por vezes áspero, faculta a jornada de ascensão.
Representa a luz a ser bem aproveitada.
No esforço do viver digno, torna-se possível resgatar,  corrigir, reconciliar e enriquecer-se de valores espirituais.
É conveniente pensar na advertência do Mestre: andar enquanto há luz, para não ser apanhado pelas trevas.
A vida na carne passa muito rápida.
Quem escolhe o caminho do vício ou do egoísmo em pouco tempo se arrepende.
Toda conquista malsã fica na borda do túmulo.
Já a consciência segue imortal, luminosa ou entenebrecida pelo que se decidiu viver.
Para não ser surpreendido por um coração trevoso, urge aproveitar a dádiva do tempo no trabalho edificante.
Afastar-se da condição inferior, mediante a aquisição de mais alto entendimento.
Sem os característicos da melhoria e do aprimoramento no ato da marcha, o homem é dominado pelas trevas.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 6 do livro Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 13.06.2011.

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