segunda-feira, 18 de abril de 2011

Na Hora da Tristeza

“Vós sois a luz do mundo “ JESUS MATEUS, 5: 14.
“Não digais, pois, quando virdes atingido um de vossos irmãos: É a justiça de Deus,
Importa que siga o seu curso. Dizei antes: Vejamos que meios o Pai misericordioso
me pôs ao alcance para suavizar a sofrimento do meu irmão. Cap. V, 27.
Entraste na hora do desalento, como se te avizinhasses de um pesadelo.
Indefinível suplicio moral te impele ao abatimento, magoas antigas surgem à, tona.
Sentes-te à feição do viajor, para cuja sede se esgotaram as derradeiras fontes do
caminho.
Experimentas o coração no pei
to, qual pássaro fatigado, ao sacudir, em vão, as grades
do cárcere.
Ainda. assim, não permitas que a ansiedade te lance à tristeza inútil.
Se a incompreensão alheia te azedou o pensamento, recorda os companheiros enfermos
ou mutilados, quando não conhecem a própria situação, qual seria de desejar e
prossegue servindo, a esperar pelo tempo que lhes dará reajuste.
Se amigos te abandonaram em .árduas tarefas, à caça de considerações que lhes
incensem a personalidade, medita nas crianças afoitas, empenhadas a jogos e distrações,
nos momentos do estudo, e prossegue servindo, a esperar pelo tempo, que a
todos renovar-i na escola da experiência.
Se deixaste entes queridos ante a cinza do túmulo, convence-te de que todos eles
continuam redivivos, no plano espiritual, dependendo, quase sempre, de tua conformação
para que se refaçam, e prossegue servindo, a esperar pelo tempo, que te propiciará,
mais além, o intraduzível consolo do reencontro.
Se o fardo das próprias aflições te parece excessivamente pesado, reflete nos irmãos
desfalecentes da retaguarda, para quem uma simples frase reconfortante de
tua boca é comparável a facho estelar, nas trevas em que jornadeiam, e prossegue
servindo, a esperar pelo tempo, que, no instante oportuno, a cada problema
descortinará solução.
Lembra-te de que podes ser, ainda hoje, o raciocínio para os que se dementaram na
invigilância, o apoio dos que tropeçam na sombra, o socorro aos peregrinos da
estrada que a penúria recolhe nas pedreiras do sofrimento, o amparo dos que choram
em desespero e a voz que se levante para a defesa de injustiçados e desvalidos.
Não te detenhas para relacionar dissabores.
Segue adiante, e se lágrimas te encharcam a ponto de sentires a noite dentro dos
olhos, entrega as próprias mãos nas mãos de Jesus e prossegue servindo, na certeza
de que a vida faz ressurgir o pão da terra lavrada e de que o sol de Deus, amanhã,
nos trará novo dia.
 
                                   Livro da esperança /Emmanuel

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