sexta-feira, 11 de março de 2011

Aflição Vazia

Ante as dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros, mas igualmente a favor de nós mesmos.
Desejamos referir-nos, sobretudo, ao sofrimento inútil da tensão mental que nos inclina à enfermidade e nos aniquila valiosas oportunidades de serviço.
No passado e no presente, instrutores do espírito e médicos do corpo combatem a ansiedade como sendo um dos piores corrosivos da alma. De nossa parte, é justo colaboremos com eles, a benefício próprio, imunizando-nos contra essa nuvem da imaginação que nos atormenta sem proveito, ameaçando-nos a organização emotiva.
Aceitemos a hora difícil com a paz do aluno honesto, que deu o melhor de si, no estudo da lição, de modo a comparecer diante da prova, evidenciando consciência tranqüila.
Se o nosso caminho tem as marcas do dever cumprido, a inquietação nos visita a casa íntima na condição do malfeitor decidido a subvertê-la ou dilapidá-la; e assim como é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão de agentes destrutivos, é indispensável policiar o âmbito de nossos pensamentos, assegurando-lhes a serenidade necessária...
Tensão à face de possíveis acontecimentos lamentáveis é facilitar-lhes a eclosão, de vez que a idéia voltada para o mal é contribuição para que o mal aconteça; e tensão à frente de sucessos menos felizes é dificultar a ação regenerativa do bem, necessário ao reajuste das energias que desastres ou erros hajam desperdiçado.
Analisemos desapaixonadamente os prejuízos que as nossas preocupações injustificáveis causam aos outros e a nós mesmos, e evitemos semelhante desgaste empregando em trabalho nobilitante os minutos ou as horas que, muita vez, inadvertidamente, reservamos à aflição vazia.
Lembremo-nos de que as Leis Divinas, através dos processos de ação visível e invisível da natureza, a todos nos tratam em bases de equilíbrio, entregando-nos a elas, entre as necessidade do aperfeiçoamento e os desafios do progresso, com a lógica de quem sabe que tensão não substitui esforço construtivo, ante os problemas naturais do caminho. E façamos isso, não apenas por amor aos que nos cercam, mas também a fim de proteger-nos contra a hora da ansiedade que nasce e cresce de nossa invigilância para asfixiar-nos a alma ou arrasar-nos o tempo sem qualquer razão de ser.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Encontro marcado.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

2 comentários:

  1. Gostei muito. Tenho muitos livros do Chico pra ler...muits obras espíritas para tentar aprender algo realmente construtivo pra minha alma.

    Atualmente decidi parar de só frequentar o Centro Espírita esporadicamente, e passei a fazer parte do grupo de estudos do Evangelho.

    Eu tenho muita dessa ansiedade, alfição vazia. E ultimamente eu tenho tentado controlar isso com muita leitura e muitos filmes.

    eheheh, tenho que aprender a meditar, isso sim.

    :***

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  2. Oi Leandra,
    Eu tenho "O Livro do Espíritos" e já li uns trechos... Acho muito interessante o assunto, mas confesso que tenho muito que aprender!
    Nossa! Eu sou bipolar e sempre tenho crises de ansiedade...
    Quero agradecer por seu apoio lá no meu blog e dizer que pode contar comigo se precisar!!!
    Obrigada!!!
    Beijinhos

    http://vivermaraa.blogspot.com/

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