terça-feira, 21 de dezembro de 2010

AS CARTAS DO CRISTO.

“Porque já é manifesto que sois a carta do Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo”, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração."
Paulo. (II Coríntios, 3:3.).

É singular que o Mestre não haja legado ao mundo um compêndio de princípios escritos pelas próprias mãos.
As figuras notáveis da Terra sempre assinalam sua passagem no planeta, endereçando à posteridade a sua mensagem de sabedoria e amor, seja em tábuas de pedra, seja em documentos envelhecidos.
Com Jesus, porém, o processo não foi o mesmo. O Mestre como que fez questão de escrever sua doutrina aos homens, gravando-a no coração dos companheiros sinceros. Seu testamento espiritual constitui-se de ensinos aos discípulos e não foram grafados por ele mesmo.
Recursos humanos seriam insuficientes para revelar a riqueza eterna de sua Mensagem. As letras e raciocínios, propriamente humanos, na maioria das vezes costumam dar margem a controvérsias. Em vista disso, Jesus gravou seus ensinamentos nos corações que o rodeavam e até hoje os aprendizes que se lhe conservam fiéis são as suas cartas divinas dirigidas à Humanidade. Esses documentos vivos do santificante amor do Cristo palpitam em todas as religiões e em todos os climas. São os vanguardeiros que conhecem a vida superior, experimentam o sublime contato do Mestre e transformam-se em sua mensagem para os homens.
Podem surgir muitas contendas em torno das páginas mais célebres e formosas. Todavia, perante a alma que se converteu em carta viva do Senhor, quando não haja vibrações superiores da compreensão, haverá sempre o divino silêncio.

Do livro Caminho Verdade e Vida. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Emmanuel

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